segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Mais links de aperfeiçoamento profissional


Caros leitores do blog, 

Hoje quero dar mais duas dicas de aprimoramento profissional:
- O primeiro deles é a seção de ensino a distancia do SEBRAE, com cursos on-line gratuitos. Este serviço não é novo e, provavelmente, muitos dos leitores o conhecem. Porém recentemente, passou por aumento das opções de cursos. Dessa maneira, vale à pena conferir, se inscrever e se atualizar na área de interesse. O link é: http://www.ead.sebrae.com.br/hotsite/

- A segunda dica da semana é muito bacana! Trata-se de uma excelente alternativa para artigos nos vários ramos da administração de uma organização, de graça. É o site da Wharton, que é a escola de negócios da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. A Wharton, não é tão conhecida por nós brasileiros como é a Harvard, que tem o site e a publicação Harvard Business Review, porém suas pesquisas, seus alunos e seus professores estão no mesmo nível da Harvard. O link para artigos em português é: http://www.wharton.universia.net/index.cfm?language=portuguese

Um abraço e ótimas leituras!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A razão para pagarmos impostos – Continuação: Impostos per capita


Ainda envolvido com o tema dos impostos, quis aproveitar os dados colhidos pelo impostômetro para realizar uma comparação do nível de atividade econômica entre cidades economicamente importantes, tanto no Estado de Minas Gerais, quanto no Estado de São Paulo, de maneira a podermos ter uma referencia do posicionamento da economia de Sete Lagoas, dentro do contexto de cidades industriais importantes.

A metodologia utilizada foi a pesquisa da arrecadação de impostos, taxas e contribuições em cada uma das cidades listadas, no site do impostômetro, entre 22:00h e 23:00h. Busquei no site do IBGE a população de cada cidade relacionada, nos resultados do Censo 2010. Então realizei a divisão do montante arrecadado, pelo numero de pessoas, de maneira a se obter uma base de comparação da atividade econômica per capita entre as cidades.

O resultado é que do ponto de vista de arrecadação per capita, o qual pode ser considerado como um indicador do tamanho da economia, Sete Lagoas ainda se encontra bem atrás de Uberaba, Uberlândia e de Belo Horizonte. Ainda, caso comparemos cidades do mesmo porte, como Sete Lagoas e Presidente Prudente, em São Paulo, somos obrigados a verificar que na prática, como desenvolvimento econômico verdadeiro, Presidente Prudente está bastante à frente de Sete Lagoas, visto que ali não existe montadora, e assim a arrecadação per capita não é puxada pela alta arrecadação decorrente da produção de veículos. 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A razão de pagarmos impostos


Estamos bem próximos do final do ano e nesta semana surgirão notícias com os valores extremamente altos arrecadados pelos governos, na forma de impostos, taxas e contribuições. Fazendo uma consulta hoje, 26/12/11, ao site do Impostômetro (http://www.impostometro.com.br/) poderemos verificar os seguintes valores arrecadados pelos governos:
  • Brasil (Federação, Estados e Municípios): R$ 1,47 trilhões
  • Sete Lagoas – MG: R$ 531,7 milhões

Apesar de todas as exclamações que podemos ter sobre os valores arrecadados, devemos nos lembrar que o pagamento de impostos é um dever do cidadão e das organizações, para que a vida em sociedade seja possível. Em nenhum momento, estou abordando a qualidade dos gastos públicos realizados pelos nossos governantes, ou mesmo a ausência de esforços concretos deles para a redução das despesas. Estou tratando apenas da obrigação que temos como cidadãos, de cumprir com o pagamento de impostos, de maneira que sejam disponibilizados serviços essenciais como polícia, bombeiro, saúde, educação, bibliotecas e que de obras de infra-estrutura e a manutenção e a conservação de bens públicos sejam realizadas, organizações governamentais sejam mantidas e etc.

Neste mês entrou em vigor aqui na Itália uma série de medidas econômicas para que se combata a crise econômica que vem abatendo o país. Dentro deste pacote, existe uma grande quantidade de medidas contra a “evasão fiscal”. Em outras palavras, contra o não recolhimento de impostos. O motivo disso é claro: o governo tem a necessidade de aumentar a arrecadação para cumprir com os seus compromissos financeiros, porém está se esforçando para não realizar isso somente por meio do aumento de impostos. Aqui na Itália, assim como no Brasil, existem muitos casos de profissionais liberais que realizam os seus serviços sem o recolhimento de impostos, assim como muitas empresas que também o fazem.

Se analisarmos, veremos que uma situação de sonegação é uma culpa conjunta do fornecedor do bem ou serviço, quando sonega, mas também é culpa do comprador, quando não exige a comprovação do recolhimento do imposto, através da exigência do cupom fiscal, ou da nota-fiscal. Ou seja, o comprador neste caso é conivente com a situação. É importante observarmos que a sonegação pode estar em coisas simples das nossas vidas, por exemplo, quando compramos pão e leite, quando cortamos o cabelo ou fazemos algum tratamento de beleza, quando compramos um jornal ou uma revista, etc. Claro que não estou afirmando que todos os comerciantes dos tipos de negócios mencionados procedem com atos de sonegação, mas existem muitos que o fazem. Além disso, podem existir casos em que a legislação tributária brasileira cria alguma exceção, porém a obrigação de quem compra é a de sempre exigir o comprovante fiscal.

O leitor poderia dizer que falta fiscalização. Porém devemos considerar que também a fiscalização é uma despesa adicional aos cofres públicos e o montante a ser gasto para essa finalidade poderia ser usado para outras finalidades úteis na prestação de serviços à população, ou mesmo para a elevação da qualidade dos serviços prestados. Um exemplo gritante é a necessidade que tem a Itália de manter uma polícia financeira, somente para fazer a fiscalização das sonegações. Se as evasões não existissem ou se fossem em um nível bem menor, seria uma grande quantidade de dinheiro que deixaria de ser gasto para a finalidade de fiscalização e que poderia ser aplicado no desenvolvimento do país.

Por fim, cabe adicionar à essa reflexão o fato de que, independentemente da existência de evasão fiscal, as despesas dos governos existem e governos jamais podem deixar de pagar suas dívidas. Dessa maneira, quando a despesa é maior do que a arrecadação, os governos tendem a aumentar os impostos, aumentando a carga em cima das pessoas e organizações que são pagadoras. Portanto, exigir a comprovação fiscal quando realizamos qualquer compra de bem ou de serviço é a nossa ajuda ao governo e mesmo à toda sociedade, para que aumentos de impostos sejam desnecessários.

O programa “Nota Fiscal Paulista”, existente no estado de São Paulo é um bom exemplo de medida em que o governo transforma todo cidadão em fiscal da arrecadação de imposto, pois uma pequena parcela de todo o imposto arrecadado é devolvido ao cidadão na forma de crédito para o abatimento do valor de IPVA a ser pago anualmente. Esse controle é feito por meio do número de CPF do comprador, que é inserido na nota-fiscal.

Caso você concorde com essa idéia, torne-se também um cidadão consciente das obrigações fiscais com a sociedade. Mediante o aumento da arrecadação, poderemos cobrar com mais força os nossos deputados e governos para que reduzam a carga de impostos.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Sugestão de livros e links para o auto desenvolvimento profissional


Depois de um período de exatos 3 meses sem escrever no blog, hoje volto à ativa com um tema que penso poder ser útil a todo leitor: o auto desenvolvimento no campo profissional. Trata-se de um tema extremamente amplo, com diversos tipos de abordagem, com diversas publicações disponíveis, sites que abordam o tema e muitos especialistas que oferecem serviços especializados. Não sou especialista no tema, mas apenas alguém que se preocupa com o assunto e que quer dividir os conhecimentos que adquiri.

Existem alguns autores muito bons, os quais eu gostaria de recomendar para qualquer pessoa que trabalhe e que esteja preocupada em fazer o que faz, porém de maneira mais eficaz e mais eficiente. Não se tratam de teóricos, com leituras demasiadamente cansativas. São consultores com uma experiência vastíssima na rotina de trabalho das empresas, e que se preocupam em perpetuar os seus conhecimentos adquiridos através de publicações.

O primeiríssimo a ser citado é o Prof. Vicente Falconi, o qual é consultor de grandes empresas nacionais, como AMBEV, Gerdau, BR Foods, Suzano, entre outras. A razão de citá-lo antes de qualquer outro é o fato de que, por ser brasileiro e atuante com grandes empresas brasileiras, conhece profundamente a realidade corporativa e governamental brasileira. Possui muitos e muitos livros escritos, porém o último livro dele “O Verdadeiro Poder” é dedicado a todo trabalhador ou empregador que queira se desenvolver dentro do mundo corporativo, com vistas a construir uma realidade melhor tanto para si, quanto para a empresa, quanto para a sociedade. Adicionalmente, toda renda do livro é revertida em benefício da fundação ISMART (http://ismart.net.br/).
- Link do vídeo de apresentação do livro:
- Link do livro, para a aquisição:
- Link de artigos sobre gestão, de autoria do Prof. Falconi e dos demais consultores da sua consultoria, o INDG:

Outro autor que gostaria de indicar é o norte americano Jim Collins. Trata-se de um pesquisador de administração empresarial, o qual traduz os resultados de suas pesquisas em livros em artigos. Em especial, gostaria de sugerir o livro “Empresas feitas para durar” (original em inglês é “Built to Last”) o qual foi escrito em colaboração com Jerry Porras. Este livro é um belíssimo estudo comparativo de traços de cultura corporativa existentes em empresas líderes mundiais, que as mantinham em posições de liderança por mais de 50 anos. Além disso, o Sr. Jim Collins possui um site, aonde publica diversos dos seus artigos, os quais estão disponíveis apenas em inglês.
- Link para artigos do Jim Collins:
- Link para o livro “Empresas feitas para durar”:

Por fim, queria dizer que estudar cultura corporativa não é algo a ser feita somente por administradores. É algo de interesse de todo o trabalhador ou empregador, seja de que nível for e de qual formação for, pois se ele conhecer os princípios e agir em uniformidade com eles ajudará à sua própria evolução, assim como ao crescimento da empresa e também da sociedade à qual estão inseridos.

Lembro que comentários, críticas e sugestões são sempre muito bem vindos!
Um abraço e até a próxima postagem!

sábado, 17 de setembro de 2011

Uma semana de pausa, para as provas.

Caros leitores do Blog “Progride Sete Lagoas”,

Nesta semana tomarei a liberdade de não postar novos temas, pois estou em plena semana de provas aqui na especialização, no Politécnico de Torino. Assim, temas como “servo-sistemas”, “máquinas elétricas”, “motores térmicos”, “materiais metálicos e cerâmicos” não saem da minha cabeça, por razões obvias...
Peço sinceras desculpas e marco um novo encontro, aqui no blog, para daqui uma semana!

Um abraço, de Torino, na Itália.
Cassio

domingo, 11 de setembro de 2011

Influencia da educação no crescimento econômico sustentável de uma cidade

Confesso que fui influenciado pelas várias notícias de crise que estou vendo aqui na Itália, assim como por uma declaração do presidente Italiano, Sr. Giorgio Napolitano, de que “o país necessita de mais atividades nos campos da pesquisa e desenvolvimento, para gerar inovações, as quais ajudem o país a retomar o crescimento”. Diante dessa declaração, hoje volto ao tema da influência que a educação pode ter no ciclo de desenvolvimento econômico de uma cidade. Um caso interessante pode nos ajudar a ilustrar essa argumentação.

Sete Lagoas tem sido beneficiada com a atração de vários investimentos industriais de grandes empresas nacionais e multinacionais, provavelmente devido à sua relativa proximidade a Belo Horizonte e a localização privilegiada às margens da BR040, o que constitui uma facilidade logística para o escoamento de bens para o centro-oeste, norte e nordeste. Ocorre que enquanto alguns desses investimentos se limitam à instalação de plantas fabris, outros incluem a implantação de centros de desenvolvimento de produto e mesmo a implantação de serviços de assistência técnica aos bens de capital produzidos, como caminhões, veículos militares e veículos ferroviários.

Em qualquer dos segmentos industriais acima existe a necessidade de engenheiros mecânicos, engenheiros eletrotécnicos e engenheiros eletrônicos, e mesmo engenheiros químicos e de materiais, para a realização das atividades de pesquisa e desenvolvimento; sejam elas voltadas para o produto, ou para a criação dos processos de produção; sejam mesmo para a operação do processo produtivo e o desempenho das atividades voltadas à qualidade e à manutenção.

Ocorre que devido à inexistência de cursos de engenharia dessas modalidades em Sete Lagoas, as indústrias que ali se instalaram se vêem obrigadas a trazerem profissionais de fora da cidade (eu mesmo cheguei a Sete Lagoas dessa maneira). Esse aspecto cria grandes dificuldades ao processo de recrutamento e seleção, visto que a parcela de pessoas que esta disposta a mudar de cidade não é muito elevada, fazendo com que muitas vagas permaneçam meses e meses em aberto. Ainda, nem todos aqueles que chegam à cidade, criam raízes e como conseqüência disso existe uma elevada rotatividade de mão-de-obra altamente qualificada, trazendo varias dificuldades à gestão do conhecimento, que essas empresas têm que desenvolver, além dos custos financeiros decorrentes de uma posição em aberto, que deixa de gerar riquezas.

Existe ainda o fato de que para que a população Sete Lagoana possa fazer parte desse processo de desenvolvimento econômico da cidade, participando das atividades de pesquisa e desenvolvimento, precisa buscar estudar em cursos de engenharia em outras cidades, como Belo Horizonte, perdendo um tempo precioso em deslocamento diário, o qual poderia ser dedicado ao estudo.

Por fim, há que se considerar a urgência dessa medida, pois se implantássemos hoje esses cursos, os primeiros alunos se formariam somente daqui há 5 anos e se tornariam profissionais de nível sênior, com condições de ocuparem posições de liderança daqui há cerca de 11 a 15 anos.

Caso você entenda que a implantação de cursos nas áreas de engenharia elétrica, mecânica, mecatrônica, materiais e química, seja uma boa idéia para a nossa cidade, convido-lhe a escrever aos reitores da UNIFEEM ou da UFSJ dando-lhes essa sugestão, ou mesmo, procure o seu deputado federal, de maneira que também ele possa ajudar a intervir junto ao Ministério da Educação e à reitoria da UFSJ.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O que queremos atingir com o nosso sistema de educação?

Hoje escrevo brevemente sobre um tema que considero de importância fundamental para o desenvolvimento do nosso país e da nossa cidade. Trata-se da educação.

Não sou nenhum especialista em educação e, portanto não tenho a intenção de dar qualquer opinião além daquela que posso dar como profissional da área de exatas, cursando a 3ª pós-graduação: concordo com a filosofia dos gregos que dizia “que o ser-humano se renova pela luz do conhecimento”. Mas também creio que o conhecimento precisa ser aplicado, se possível, já no dia seguinte ao aprendizado. A aplicação dos fundamentos teóricos permite que sejam abertos novos caminhos para a inovação. A Alemanha, a Inglaterra, a França e a Itália, que são economias líderes da Europa, são países com grande tradição de educação voltada para pesquisa e inovação, cumprindo assim um papel fundamental no desenvolvimento econômico destes países.

Nesse sentido, insiro aqui o link de uma excelente entrevista feita pelo jornal “O Estado de São Paulo” com um pesquisador japonês, da Universidade de Hiroshima e especialista em desenvolvimento socioeconômico. Poucas vezes li comentários tão práticos a respeito do que se deve buscar e esperar do sistema de educação.

É preciso termos em mente também que a educação é algo do interesse de todos nós e que deve ser algo pensado e planejado para atingir as necessidades de desenvolvimento pessoais, assim como econômicos de uma região ou de um país.

Boa leitura!